Monday, March 21, 2005

Prefácio

Não é que seja menina de números,

(a bem dizer, uma análise mais aprofundada às minhas capacidades intelectuais, no que toca ao raciocínio matemático, resultaria num convite aberto para frequência de alguma instituição de ensino especial. Depois era uma chatice: eu a negar, que não, que não era assim tão mau, que isto está é enferrujado, que o meu pai até me ensinou a cantar a tabuada e do outro lado uma autêntica equipa de futebol de salão da ala psiquiátrica a bramir um colete insultuosamente inestético e a prometer medidas de coacção se não os seguisse voluntariamente...)

mas estou ciente que qualquer estatística dotada de um rigor mínimo apuraria, junto de eventuais e pobres cibernautas cujo "clique" mais incauto no ratinho remetesse as suas pobres retinas a fixarem estes verborreicos parágrafos, a completa ausência de interesse deste "blog".
Acontece que estou no presente a contar com um único e assíduo leitor do dito. Acontece igualmente que o leitor do dito é o meu autoproclamado fã nº 1 (serve de aviso aos seguintes que esse lugar já está ocupado). Acontece para além disso tudo que se trata do meu querido pai. Vacinado que está, pela força do convívio, contra esta minha triste primazia da forma (barroca) sobre o conteúdo, o mais provável é me acomodar incorrigivelmente a esta modalidade obsoleta e inócua de escrita.
E como foi por pressão desse meu grande herói (adivinha-se já aqui o gigante complexo de Electra, mas se tivessem um pai como o meu, queria ver essa força de vontade para contrariar Freud. O tanas!!!) que aderi à moda, a ele dedico aqui a "barraquinha".
S'agapo, babi!*
(Se não percebem, paciência, que qualquer pessoa que não trate por "tu" a língua moderna do berço civilizacional do Mundo também não merece a consideração de uma tradução).

3 comments:

Anonymous said...

Oh meu Deus! Ela abriu a caixa da outra!

Gh'a coritsi! Ti kanis? Hmmmm, mais uma machadada na lingua de Péricles, mais uma esfregadela de punho na narina de Sócrates (o grego, não o nosso), e se a tua mãe sabe vai ser uma punhalada no meu ego. Apartir daqui grego só aos bocadinhos, todos juntos para fazer uma omolete. Devias ter-me apanhado nos meus gloriosos dias, q ainda formulava uma mão-cheia de frases coerentes. Agora, nem português sem me babar...

A coisa vai assim: Tenho sorrido mais vezes. Deito-me a pensar "Amanhã vai ser melhor!" (Geralmente não é, mas aprendi a ter esperança). O Papamobil dava-me jeito (ou pelo menos a cadeira auto-propulsionada), para não ter q andar sempre à espera do autocarro e ter q ficar no burgo porque não há boleia para sair à noite. Hoje o dia foi uma avalanche de infortúnios mas teve um final gloriosamente Hollywoodesco. Tipo Gary Cooper em "Sgt. York".
Bem, por hoje é tudo. Dá um abraço ao teu pateras, q é um gajo q pertence aos 5% de porreiraços da população mundial. Quando souberes notícias do Quirguistão bloga uma epístolazita q aqui o menino também anda a fazer dieta de informação. Agora é só "Não Tenham Medo", a auto-biografia do Wojtila aplicada à quarta-feira europeia do Sporting.

Epá, 'tou tão contente q 'tou a encarnar o Zorba!

"You Gotta Learn to Dance, Boss!"

Anonymous said...

Ah! Já me esquecia! São 514 438 086 240 168$00. Não utilisei calculadora científica. Foi uma das normais por isso acho q não fiz batota (poderia ter utilisado um ábaco mas não tinha nenhum à mão). Bolas, posso ser disléxico mas não sou o Rain Man...

Anonymous said...

Bem... depois de tal coacção via mail, não tive outra alternativa se não embarcar nesta viagem (atendendo à heroína em questão, será certamente interessante...) pelos meandros deste "belógue"! Parece que não terás somente um único leitor assíduo embora deixe a primazia de "fã número 1" para o teu "babi".

Isto até é engraçado pois podemo-nos esmerar na escrita, recorrendo a vocabulário menos vulgar (e ninguém nos olha de soslaio por isso...), desenferrujando o nosso Português exacerbadamente erudito, e dar azo à opinação(?) (e talvez à introdução de alguns neologismos...) e à escrita livre e rica em conteúdo, em detrimento da forma tantas vezes castrante... Bem, já debitei o suficiente de "palavras difícies" (como apelidavamos na primária e preparatório) por parágrafo!

É assim... ó Musa, continua a brindar-nos com as tuas aventuras e desventuras, opiniões e considerações, que nós cá estaremos para te acompanhar nesta aventura pela blogosfera...